segunda-feira, 9 de março de 2015

Regresso a "casa"!

Uma semana depois volto à capital. Uma semana, certinha. Voltei ao “meu” Porto, aos meus amigos (não a todos como desejei….), abracei os meus sobrinhos; revi pessoas com quem já não estava desde Junho. Fui (re)visitar o Alentejo.  Uma semana depois a capital recebeu-me de braços abertos e com muito sol.

10º ano, prova global de Português. O dia em que descobri e percebi o significado da palavra “saudade”. Tinha 15 anos (foi portanto há 15 anos) e tínhamos que escrever sobre esse sentimento tão português. O “homem da minha vida” tinha morrido há pouco tempo e ainda era tudo muito recente. No dia da entrega da prova a professora deu-me os parabéns, tinha tido das melhores notas na parte de texto livre.

Recebo e envio mensagens “Tenho saudades”.

Sinto saudades de alguém quase todos os dias, por alguma razão. Todos os dias rio sozinha por alguma coisa que me lembrei. Tenho saudades todos os dias. Há quem diga que ter saudades é mau. Não concordo. Ter saudade é perceber que as pessoas estão connosco todos os dias, é sentir que a vida anda para a frente mas que conseguimos guardar em nós as coisas que realmente são importantes.

Sou de uma geração que voltou a ouvir fado, ou porque o fado mudou, ou porque as pessoas que o cantam também mudaram, não importa. Tenho Mariza, Carminho e Camané no meu MP3 e Carlos do Carmo, esse senhor que me acompanha e me ajuda a descobrir Lisboa, a sua “Menina e Moça”.
Lisboa é saudade. Lisboa cheira a um rio diferente. Lisboa tem um sol que brilha e aquece (em dias de maior saudade). Lisboa é falar todos os dias com alguém estrangeiro e explicar como a cidade brilha. Lisboa é saudade do meu Porto, onde encontro as diferenças, onde encontro pessoas iguais a tantas outras.

Ter saudades é sentir que somos (e fomos) felizes.

Hoje, no dia em que Lisboa me volta a receber, a saudade está mais do que presente; volto a olhar para o calendário e a contar os dias para voltar a abraçar aqueles que mais falta me fazem!

A "alfacinha"



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